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quarta-feira, 30 de março de 2011

A Primeira Noite de um Homem ...




Neste fim de tarde triste e amargo,
Eu tiro a máscara  do fingimento,
relembrando alguns fatos passados 
e deixo que vejam meu sofrimento.

Era uma noite, uma noite eu me lembro...
Ela segurou-me as mãos de repente...
Era fevereiro , março ou dezembro ?
Sei lá , não me lembro. Só sei que 
fiquei frio , fiquei quente !

Suas mãos tinham toque suave 
falavam de um carinho desconhecido;
Mas, rapidamente expulsei aquele ardor ,
Rejeitei com altivez o afago oferecido de um possível amor.

Depois... depois voce foi embora,
E eu fiquei de mãos abertas, vazias.
Esperando... esperando até agora
o carinho que voce me daria.

Voce se foi, magoei-te tanto
que nem uma palavra justificou.
Fiquei estático ; aos prantos 
de um remorso que ainda não se acabou.

Hoje não sou mais o mesmo
e reflito no meu rosto aquele último Adeus.
Tenho raiva do tempo que passa como lesma,
esticando a ilusão que não se perdeu.

E se o tempo voltasse ao tempo vivido,
eu lhe daria minhas palavras sentidas,
Eu lhe daria meus lábios inibidos,
Eu lhe daria minhas mãos arrependidas.

E se tudo voltasse a pedido do amor
...No mesmo quarto , sob a mesma lua...
Meu Deus ! eu correria a todo vapor e a beijaria ali...
ali diante de quem fosse !

Mas tudo é sonho, a vida não retrocede;
Sei que já se passou anos,
não há escolha , Sei que essa lembrança já agoniza
É a última frase de um sentimento que não morreu ainda !


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