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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A ausência que me põe triste




Desejavas que volte, 
mas ando longe.
Tão distantes, que perdi o antigo instante.

Sem terra nem glórias 
presa á um sonho provisório,
procuro pela rosa perdida
que andas agora
muito esquecida.

Deponho-me defronte ao passado,
 que nos correspondia;
que tú me escutavas,
que tú me sentias.

Mas em tempo fostes ficando 
surda 
e para mim silenciosa.
Pude enxergar sua ausência 
absoluta
que hoje tanto me incomoda.

Ferindo a quem te adora,
insensível e interminável 
rosa
que em tempo e aroma 
mudas ;
Tú és flor provisória ... 

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