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terça-feira, 19 de abril de 2011

Penitência do irremediável



Saia dessa concha
Deixe de ser '' Dono ''
E venha ser '' Voce ''.
Venha, porque eu quero,
E não me pergunte porquê...
Pra ser sincera
Nem eu mesma sei...

Foi um sentimento espontâneo
Que veio tão momentâneo...

Até em sonhos já o beijei.
É infantil declarar assim,
Mas o amor que eu vivo agora 
Me implora
E diz que jamais viveu em mim.

Então fico indecisa,
Se estou com alguma fraqueza,
Se estou com perda de juízo.
Porém me descubro na certeza
Que estou amando de verdade.
Que vivo no silêncio da saudade,
Para não lhe estragar o futuro.

Morrerei com o segredo
Que amei e não fui amado,
Não propagarei , não por medo,
Mas nos conhecemos tarde demais.
Sei que ninguém imagina ou pensa
Que existe amor em minha vida;
Ele será sempre como uma busca perdida,
Numa floresta imensa.

Fique tranquila,
Ninguém nunca saberá,
E quando meus pensamentos fizerem fila,
Uma oculta lágrima me restará...
'' Seria voce saindo de minha vida ''

Mas serei feliz,
Porque um dia eu lhe falei
Tudo, Tudo que eu quis.
E se um beijo não lhe dei,
Não foi por falta de sua insistência,
Controlei-me para deixar meu coração aliviado.
Este será o preço da penitência
De quem nasceu pra amar Errado !




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