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segunda-feira, 28 de março de 2016

Fragmento XXIII - Ele me enche de certezas e depois me cobre de dúvidas




'' Será que para ti faz sentido eu pensar assim tanto em nós? Pergunto-me todos os dias sobre até que ponto está a fazer-me bem e o quanto eu gostaria de te fazer bem.''

É que existem pessoas que simplesmente não merecem o que nós sentimos por elas. E o problema é convencer nosso coração disso. Uma parte de mim deseja-te de um jeito estranho onde eu me vejo a fazer planos para nós sem tu saberes, outra parte, porém me dizes que preciso me afastar enquanto ainda não seja tarde demais. Pondera se vale a pena tentar ser para ti exatamente do jeito que eu gostaria que tu fosses para mim ? 

Será que tu mereces o que ando suprindo? Será que esse é mesmo o teu jeito de ser ou será que está a ser assim apenas comigo ? Será que tu guardarias um espaço para mim na tua vida como eu penso em reservar para ti? 

É claro que falando assim parece que eu espero alguém perfeito, só que não é nada disso. A questão é que eu tenho o direito de esperar o mínimo de quem eu tanto dedicarei meu máximo, não sei lidar com menos que isso. Ou tudo ou nada sempre foi assim. Recíproco. 

O meu jeito parece assustar-te, a minha distância parece desanimar. Essas coisas tem me feito repensar em muita coisa, com exceção,é claro, da possibilidade de eu mudar esse meu jeito de ser por alguém que talvez seja mais uma pessoa de '' passagem '' pela minha vida. Acho que o problema está em mim mesmo, talvez esteja fantasiando demais algo que não vai acontecer.

Eu já não sei mais de nada, a não ser a minha total certeza da felicidade que quero viver compartilhando com alguém, só não sei se esse alguém poderia ser tu. Por isso é que eu me pergunto se tu mereces mesmo o que sinto por nós dois.

Pergunto-me sobre o quanto faz sentido a minha risada automática com uma nova mensagem tua;
Pergunto-me se tu gostas mesmo ou só finge quando lhe trato da forma mais carinhosa que sei;
Tu não me deixas certezas nem clarezas de muita coisa e isso não tem me feito bem.

Será que estou a gostar sozinha de nós dois?

São tantas perguntas, mas no fundo eu sinto cada vez mais que estou a dificultar as respostas de perguntas tolas, afinal nenhuma dessas perguntas existiriam se tu me fizesses acreditar em algo- qualquer coisa.

Eu não vou me decidir agora, mas questionar já é uma atitude.
Questionar como reages com o que sinto já me faz pensar duas vezes antes de prosseguir.
Se devo continuar a responder ou se devo simplesmente sumir.

Ainda não  sei dizer se tu mereces o que eu sinto, mas sei que o que eu sinto é bom o bastante para eu esperar alguém disposto a merecê-lo.











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